Carta Proposta dos Coletivos Jovens de Meio Ambiente para “Mais Educação” no Brasil
Nós, jovens integrantes dos Coletivos Jovens de Meio Ambiente, reunidos  no V Encontro Nacional de Juventude e Meio Ambiente, vimos por meio  desta carta declarar nosso apoio ao Programa Mais Educação e apresentar  algumas considerações e propostas para fortalecê-lo como política  pública estruturante da implantação da educação integral no país.
Presenciamos e nos solidarizamos com as vítimas das catástrofes  ambientais, conseqüências das mudanças climáticas e geradas pelo atual  modelo de desenvolvimento insustentável da sociedade. É urgente a  criação de uma geração capaz de reverter as práticas que nos levaram à  crise ambiental global e consideramos este momento primordial para  reforçar as políticas públicas de longo prazo que estruturem o sistema  de educação para isso.
Historicamente, os Coletivos Jovens acompanham o processo de  formação das Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas Escolas,  as COM-VIDAS, que surgiram em 2003, como deliberação da I Conferência  Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, expressa na Carta das  Responsabilidades.
Estamos certos da importância das COM-VIDAs como uma  possibilidade de trabalhar as temáticas do Programa Mais Educação que  envolvam meio ambiente e a qualidade de vida, assumindo um papel de  protagonismo social na comunidade escolar, irradiando práticas que  envolvam áreas como saúde, economia, segurança, dentre outras.
Temos como compromisso pedagógico do movimento:
• Implementação das COMVIDAS, monitoramento e avaliação; 
• A proposta que cerne os Coletivos, que é o protagonismo juvenil;
• princípios: “jovem educa jovem, jovem escolhe jovem e uma geração aprende com a outra”.
Nossa proposta para o programa é:
•  COMVIDA como espaço de integração das atividades de educação  socioambiental na escola, devido à transversalidade de seus processos  pedagógicos;
• valorização do trabalho de protagonismo juvenil com a priorização  dos educadores dos Coletivos Jovens como monitores no macrocampo  educação ambiental do Programa Mais Educação;
•  proporcionar mecanismos de fortalecimento dos movimentos de  juventude e meio ambiente através da integração com a comunidade; 
• Criar ferramentas de interlocução da estrutura do Programa Mais  Educação em todas as instâncias com os Coletivos Jovens de Meio  Ambiente, outros movimentos sociais de juventude e monitores locais,  frisando a qualidade das atividades desenvolvidas;
• reforçar e acompanhar a efetividade dos espaços de gestão democrática do Programa.
Consideramos que essa aproximação proporcionará benefícios ao  Programa Mais Educação e aos Coletivos de Meio Ambiente de todo o  Brasil.   
Brazlândia, 10 de dezembro de 2010.